“Sei
que não sou nada e que talvez nunca tenha tudo.
Aparte isso, tenho em
mim todos os sonhos do mundo.”
(Fernando Pessoa)
Ter todos os
sonhos do mundo não é mal, o problema é acreditarmos que podemos ter tudo,
inclusive a tal “felicidade”, sermos “plenos”.
Sonho pular pela
janela e sair voando, deve ser uma delícia flutuar pelas paisagens.
De certo nossos
cientistas gostariam através de algum dispositivo simples conseguir que objetos
sólidos flutuem, controlar a gravidade.
O sonho nos faz
buscar o que parece impossível e talvez seja, no entanto, tantas coisas que
pareciam impossíveis foram realizadas.
A questão é, se
eu realizasse meu sonho de flutuar seria feliz?
NÃO!
Satisfeito esse
sonho eu iria atrás de outro sonho, voar mais rápido, não sentir frio ou calor,
não ter limite para a altura podendo até chegar na orbita da Terra...
Flutuar nem ao
menos é meu único sonho/desejo.
Porque não dá para evitar querer
sempre algo mais?
Vamos entrar por
essa brecha, sigam-me os bons!
Sempre que
escrevo sobre Vazio Existencial as pessoas pensam negativamente, algo ruim
que estraga a vida.
Realmente sentir esse
vazio no peito é desconfortável, mas sem ele desconfio que seriamos iguais aos
outros primatas.
Aposto que todos
os seres sencientes tem algum grau de vazio existencial.
Gatos, cães, chimpanzés
... em algum momento também sentem tédio, desanimo, depressão.
“Senciência é a capacidade dos
seres de sentir sensações e sentimentos de forma consciente.
É a capacidade de ter percepções conscientes
do que lhe acontece e do que o rodeia.”
[Wikipédia]
Se
eu tivesse que definir a vida em uma única palavra seria MOVIMENTO.
Sem movimento não
há vida.
Movimento de quê?
ENERGIA.
O Vazio Existencial é a “diferença de potencial”
no espirito humano.
Para a energia
circular, se movimentar, precisa existir sempre uma diferença de potencial
sendo criada.
Porque as águas
do rios correm para o mar?
A água que está
mais no alto é puxada para o centro da Terra pela força da gravidade criando diferença
de potencial.
Se a força da
gravidade não agisse não existiriam os rios toda água estaria no mar, que
estaria sem vida porque as águas do rios oxigenam o mar, sem oxigênio poucas formas
de vida sobrevivem.
A água do mar
recebe energia da luz do Sol, evapora, vira nuvens, volta para o alto das
montanhas.
Se ao receber
energia a água não evaporasse, nossa forma de vida estaria bastante comprometida
porque não haveria chuva.
Toda essa
movimentação vamos chamar de “fluxo
de energia”.
Amarrando no texto anterior:
O olhar/imaginação
do homem em contato com as formas femininas produz energia sexual, o homem
descarrega essa energia acumulada na mulher, que gasta entre outras coisas buscando
sensualidade que acumula energia sexual no homem.
Algo muito
parecido com o fluxo de energia da água.
Visualize o homem
como rio, a mulher como oceano e a agua
como energia sexual circulando
indefinidamente.
Os fluxos são
muito repetitivos só mudam a forma como acontecem, se amoldam a características
dos elementos.
Um homossexual
não acumula energia observando a forma feminina, se ele não tem esta
característica não tem a função de entrega de energia.
O Fluxo tem sua “polaridade” invertida e
o corpo masculino passa a ser receptor de energia como a mulher, a energia tem
que circular, a diferença de potencial tem que existir, o homossexual acaba adquirindo
trejeitos femininos.
Gay é sinônimo de
“alegre” cheio de energia, porque isso acontece?
Virou receptor de
energia.
Para um homem
deixar de acumular energia sexual (Baixar o libido) basta cortar o fluxo, parar de olhar e
imaginar.
Isso requer muito
treino quando não ocorre naturalmente.
O homem muito
empenhado em seu trabalho ou hobby pode não sentir necessidade de atividade
sexual, ele não fica admirando as formas femininas, nem pensando em sexo.
Se um dia seu
objetivo for reduzir o libido basta parar de olhar formas femininas, não pensar
em relações sexuais.
Se enclausurar em
convento é um bom meio, mas lembre-se que a energia busca caminhos alternativos
quando tem seu fluxo “natural” interrompido.
Mesmo sem olhar
formas femininas se continuar pensando em sexo poderá acabar se relacionando
com um companheiro monge.
Para não pensar
em sexo você tem que inundar sua mente com outra coisa, trabalho, oração, um
hobby.
Fora da clausura
quando uma mulher falar com você olhe apenas para o rosto dela, esqueça que
aquele rosto tem corpo, nem pense em olhar para o traseiro dela quando se afastar
de você.
(É o “diabo” te
atentando... 😄)
A nova postura
diante do sexo feminino tem que se tornar habito.
O habito faz o
monge, bons hábitos bom monge.
Você deve estar
se perguntando porque baixar seu desejo sexual, para que serve esse conhecimento?
Se você tiver desejo sexual alto é difícil manter
fidelidade conjugal, muita energia pede muitas parceiras.
Se seu objetivo é
ter “família tradicional” diminuir o libido é aconselhável.
Outra situação:
Quando você ocupa
cargo de comando ou posição de destaque fatalmente é muito assediado.
Como “líder” não pode fraquejar diante de qualquer mulher mais interessante, isso vai
comprometer a qualidade das suas decisões.
Demite ou contrata
pessoas deixando a capacidade em segundo plano, prioriza a “beleza”.
Dá privilégios a
uma funcionaria porque tem ou pretende ter um caso com ela.
Enfim.
Controlar o libido
é mais uma forma de conhecer a si mesmo, desenvolver o auto controle.
Esse domínio de
si mesmo, domínio das energias não é nada fácil nessa situação terrena em que
nos encontramos, se houver uma outra situação em algum outro lugar quem sabe
seja mais fácil.
Mas garanto que
buscar se aproximar desse equilíbrio traz SERENIDADE a nossa vida.
Conseguimos
conviver com o Vazio Existencial reconhecendo sua necessidade, fazendo até bom
uso dele.
É como estar à
beira do abismo, mas dispor de uma asa delta, não é tão bom como poder flutuar
sem equipamento algum, mas aqui na Terra por hora é o melhor que podemos
conseguir.
Conheça a si mesmo, tenha poder sobre si mesmo.
Não desperdice tanto
tempo querendo ter poder sobre os outros.
O grande desafio é você.
Essa lógica entra em sua mente?